Investimentos durante a queda da renda fixa

Antes de falarmos de forma mais profunda sobre a queda nos rendimentos da renda fixa, é imprescindível abordarmos alguns pontos históricos da economia, ainda que de forma superficial, antes de falarmos dos anos mais recentes, sem nos estendermos em um recorte muito longo do tempo.

Desde a entrada da equipe econômica formada pelo ex-presidente Michel Temer, algumas medidas de controle inflacionário foram tomadas para buscar a redução da inflação, que à época de sua chegada apresentavam índices extremamente altos, passando de 11% ao ano.

Com a inflação tão alta, o brasileiro fã de renda fixa estava vivendo um sonho, do qual não esperava acordar tão cedo. O governo Dilma, seguindo inúmeros exemplos da história econômica brasileira, elevou a taxa de juros Selic para lutar contra o “monstro” da inflação, que tanto prejudicou a saúde financeira de nosso país durante os anos 80 e até o início dos anos 90.

Com uma alta taxa de juros, títulos como Tesouro Selic ou qualquer outra aplicação atrelada ao CDI tiveram um alto desempenho, chegando a bater no patamar de 14,25% ao ano. Novamente, um sonho para o fã de renda fixa. Naquele momento, meados de 2016, a equipe econômica gerenciada por Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda e Ilan Goldfajn no Banco Central foram incumbidos de buscar uma solução para o que ficou conhecida como a tempestade perfeita: inflação descontrolada, alta taxa de juros, altas taxas de desemprego, baixos índices de produtividade e de atividade e poucos investimentos foram alguns dos indicativos de que a saúde econômica do Brasil tinha grandes problemas.

A queda dos juros e o impacto na renda fixa

O tempo passou e os antes altos índices da taxa de juros hoje se encontram em patamares mínimos históricos, conforme podemos conferir no gráfico abaixo.

Várias medidas foram tomadas para buscar acertar o rumo da economia. Não iremos, neste artigo, falar sobre o que foi implementado pelos governos para buscar a melhora de alguns indicadores. Tampouco, sobre os efeitos da COVID-19 sobre os indicadores econômicos neste ano.

Com uma queda tão forte da taxa de juros, o sonho do brasileiro fã de renda fixa acabou se tornando um pequeno pesadelo. Hoje, está muito mais complicado encontrar produtos interessantes para este perfil de investidor. Encontrar alternativas à renda fixa acabou por criar uma demanda inédita pelos serviços de profissionais capacitados a auxiliar os investidores neste momento desafiador, relacionado ao desempenho de uma carteira de investimentos.

Vimos uma correria enorme de investidores buscando soluções cada vez mais criativas para manterem os rendimentos de suas carteiras. Aqui, vale salientar o cuidado muitas vezes não tomado pelo investidor. Isso, ao invés de ajudá-lo, piorou o resultado de seus investimentos e gerou mais lucros para determinados players do mercado financeiro. Falaremos sobre estes players em um próximo artigo. Mas sim, temos de ter atenção e cuidado com eles.

Pensar e desenvolver uma carteira de investimento capaz de atender às expectativas do investidor não é algo simples. Ao contrário: grandes equipes de consultoria trabalham duro em busca de soluções para melhorar o resultado das carteiras de seus clientes, ora buscando um retorno mais significativo em momentos propícios, ora criando proteção para a carteira, evitando o “vai-e-vem” que acaba com o estômago de qualquer investidor.

Desempenho e riscos

As perspectivas para o futuro da nossa economia podem contemplar um cenário diferente ou igual ao do passado. Isso que significa que os índices de inflação e da taxa de juros poderão ou não permanecer nos patamares atuais. Com isso, o desafio foi, está e sempre será lançado ao ar: como melhorar o desempenho dos meus investimentos não sendo adepto a grandes riscos?

A resposta para esta pergunta é complexa e seria leviano falar que um desafio tão grande como este seja algo simples.

Em primeiro lugar, é importante buscar formação sobre tudo o que é comentado sobre o assunto (sim, estou falando de formação e não de informação). Hoje, o que mais temos são informações. Diariamente, o investidor é bombardeado com informações sobre várias formas de investimento. São produtos de renda fixa, renda variável e diversas estruturas complexas surgindo a todo momento. É tanta informação que o investidor acaba não compreendendo nada e não sabe como lidar com o que recebe.

Neste primeiro momento, acredito que buscar formação, ou o auxílio de profissionais que atuam no mercado, de forma clara, simples e além de tudo imparcial, seja o pontapé inicial para nossa questão. Consultores de investimentos são os profissionais autorizados pela CVM para exercer esta função. De acordo com relatório da própria ANBIMA, a quantidade de investidores que buscam por este profissional vem aumentando muito nos últimos anos. Podemos entender e explicar o movimento dos investidores nesta linha devido, principalmente, à imparcialidade adotada por estes profissionais.

O papel do investidor para sair da renda fixa

O investidor deve entender que precisa trabalhar diversificando sua carteira. Isso passa por se alinhar às suas necessidades pessoais relacionadas aos investimentos e buscar criar uma estratégia pessoal. Não é oportuno copiar qualquer estratégia que se encontra na internet. Para o investidor de renda fixa, um dos pontos para melhorar os resultados de seus investimentos seria, por exemplo, alongar os prazos de vencimento de seus investimentos. Opções de investimento com prazos mais alongados vão proporcionar um retorno maior. Podemos notar essa realidade neste link, com a rentabilidade dos títulos do tesouro nacional.

Títulos prefixados, por exemplo, com vencimentos para mais de 2 anos, apresentam um retorno menor. Por outro lado, os papéis com vencimentos mais alongados apresentam um retorno muito maior ao ano. Isso não quer dizer que todos os investidores devem investir no título com prazo mais longo. Novamente, entra aqui a necessidade de um planejamento e acompanhamento da carteira. Mas criar uma combinação destes ativos de acordo com cada perfil pode ser uma solução interessante para melhorar o resultado dos seus investimentos.

Uma segunda opção é buscar uma alocação diversificada, dependendo do volume dos investimentos, em títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Vale também buscar por opções de bancos médios. É de extrema importância lembrar aos investidores que os títulos de renda fixa, protegidos pelo FGC de bancos médios, vão apresentar retornos bem melhores que os bancos tradicionais. Novamente, cabe salientar aqui a importância de um profissional em investimentos.

O papel do consultor

O consultor será capaz de preparar uma carteira bem diversificada e atrelada aos objetivos do investidor, levando em conta o momento atual de sua vida financeira, pesquisando as melhores opções de renda fixa e, caso necessário, outras opções. Com este apoio, o investidor entenderá que não faz sentido algum ficar em títulos de péssimos rendimentos dentro dos bancos tradicionais recomendados pelos seus gerentes ou mesmo nas corretoras recomendados pelos AAI. Nenhum dos dois é capacitado para esta função. Com uma equipe de consultoria, ele terá acesso a opções de investimentos que não teria como investidor comum ou com o auxílio de gerentes de bancos e/ou funcionários de corretoras.

Àqueles que buscam aproveitar algumas oportunidades no mercado, vale novamente falar do trabalho especializado. Com o auxílio de um consultor, o investidor poderá contar com uma diversificação adequada para o seu capital.

Por exemplo: parte da carteira poderia ser alocada e diversificada em títulos de renda fixa que não apresentam a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, como debêntures. Estas são formas de investimentos disponibilizadas por grandes empresas tais como: Vale, BNDESPar e CEMIG, entre outras. A rentabilidade destes títulos costuma apresentar resultados maiores do que os obtidos pelo Tesouro e contam com uma indexação ao IPCA. Em alguns casos, ainda existe a vantagem de não serem tributados, outro fator importante na hora da estruturação de um planejamento e desenvolvimento de uma carteira de investimentos. Todos estes pontos citados são de extrema importância e o investidor tem que parar, considerar e buscar as melhores soluções para melhorar os resultados de seus investimentos.

Toda maratona começa no primeiro passo

Como falamos ao longo deste artigo, nada disso é tarefa simples, mas o problema não é impossível de ser resolvido. A Althis desenvolve este trabalho de forma imparcial e comprometida, auxiliando seus clientes nas tomadas de decisões referentes a seus investimentos.

Os clientes atendidos pela Althis recebem um atendimento pessoal, especializado e, o mais importante, personalizado. Um trabalho focado na necessidade do cliente sempre estará em busca dos melhores resultados. Ao mesmo tempo, levará em conta as particularidades presentes no desenvolvimento de um portfólio de investimentos. Assim como um médico, especialista que está ali para te ajudar, entendendo todo o seu histórico e as condições da sua saúde atual, colocando para você todos os pontos necessários para uma vida longa e saudável, a escolha de uma equipe de consultoria qualificada, atualizada e independente irá trazer tranquilidade, comodidade, facilidade no entendimento, desenvolvimento e acompanhamento de uma boa carteira de investimentos.

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