Classificação do investidor e decisões

A classificação do investidor em grupos pode ser feita com base nos seus comportamentos de investimentos. Essa é uma classificação usada pelos planejadores financeiros para que possam entender e lidar melhor com cada perfil. Com base nesta classificação, forma-se uma base para tomada de decisão e apresentação de uma carteira de investimentos. Os perfis se destacam entre:

  • Cuidadosos;
  • Metódicos;
  • Individualistas;
  • Espontâneos.

Cuidadosos: quanto menos risco, melhor

Os investidores que se encontram no grupo dos cuidadosos são aqueles que buscam formas de investimento com um grande grau de segurança. São mais avessos e menos capacitados para assumirem riscos. Desta forma, este grupo prefere ativos de baixo risco, como títulos do governo, poupança, LCI, LCA e CDB.

Este grupo tem maiores dificuldades para tomar decisões de investimentos de forma individual. Por outro lado, também apresenta resistência na hora de seguir a ajuda de um profissional.

Geralmente, os cuidadosos tendem a desperdiçar boas oportunidades que surgem, devido a esse grande tempo pedido para a tomada de uma decisão. Eles gostam de realizar uma análise mais cuidadosa e demorada relacionada às suas opções de investimentos e, mesmo após todo este trabalho, geralmente, suas carteiras apresentam baixos retornos, poucas mudanças e pouca volatilidade.

Metódicos: conhecimento é poder

Os investidores que estão no grupo dos metódicos, geralmente, são mais pesquisadores. Analisam de forma aprofundada as empresas e os seus setores de atuação. Buscam maiores informações com os analistas e baseiam suas decisões em pensamentos mais racionais e em fatos.

Estes investidores apresentam uma tendência maior para aplicarem em ativos mais conservadores e estão, rotineiramente, pesquisando para confirmar se tomaram as decisões corretas em relação aos seus investimentos.

Individualistas: deixa comigo, eu sei o que fazer

Os investidores no grupo dos individualistas apresentam uma característica em comum com os metódicos: eles também são pesquisadores. Por outro lado, são confiantes em suas habilidades de tomada de decisão. Geralmente, não utilizam análises desenvolvidas por profissionais e questionam a veracidade das mesmas.

Neste grupo, é normal a escolha de ativos que apresentem maiores volatilidades, ou seja, são mais capacitados para assumirem riscos. Buscam retornos acima da média do mercado e sabem que, em determinados momentos, podem amargar perdas em suas carteiras.

Espontâneos: eu quero (e vou) mudar

A classificação do investidor em espontâneo, geralmente, indica a realização de mudanças mais constantes nas carteiras. São investidores que não se sentem à vontade com posições de longo prazo em seus investimentos. Questionam os conselhos dos profissionais e admitem que não têm capacidades para as tomadas de decisões relacionadas aos seus investimentos.

O fato de estar mudando as posições em carteira rotineiramente, de estar sempre próximo à gestão, buscando novidades para um melhor desempenho, leva suas carteiras a apresentarem um maior giro entre todos os perfis citados anteriormente. Geralmente, uma carteira de investimento de um investidor espontâneo tem a performance prejudicada devido aos altos custos relacionados a essas mudanças.

A classificação do investidor e a composição da carteira

Com base nessas informações, o próximo passo para uma tomada de decisão de investimento é relacionar, com o investidor, os retornos esperados das carteiras. Eles serão determinados pelos objetivos de gastos e o crescimento da carteira.

Lembrando que uma carteira pode apresentar características e ter como objetivos:

  • Preservação de capital;
  • Geração de renda;
  • Crescimento;
  • Especulação.

Para o desenvolvimento de cada carteira, será necessário o entendimento de alguns pontos:

  1. Verificação da necessidade de renda antes da aposentadoria;
  2. Dependência do investidor desta carteira para sobrevivência;
  3. Análise do horizonte de tempo;
  4. Avaliação dos pontos referentes à liquidez;
  5. Cálculo do retorno da carteira para satisfação do planejado (necessidades do investidor).

Para além da classificação do investidor

No próximo artigo da nossa série sobre como pensar em investimentos, vamos debater as restrições presentes em um planejamento:

  • Horizonte de tempo;
  • Liquidez;
  • Aspectos legais;
  • Impostos;
  • Circunstâncias especiais.

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