Planejamento de investimentos: início

No processo de desenvolvimento do planejamento de investimentos, alguns pontos devem ser levados em conta. Estes pontos são:

  • Horizonte de tempo;
  • Liquidez;
  • Aspectos legais;
  • Impostos;
  • Circunstâncias especiais.

Todos os objetivos dentro do planejamento de investimentos devem ser elaborados de acordo com o horizonte de tempo. Planejamentos com horizontes de tempo inferiores a três anos são considerados de curto prazo, enquanto aqueles com prazos superiores a dez anos são considerados de longo prazo.

Horizonte de tempo e padrões

Conforme falamos em nosso primeiro artigo, uma carteira de investimentos deverá ser dividida conforme a necessidade de geração de recursos ao longo do horizonte de tempo. Mudanças neste planejamento vão ocorrer devido à alteração no próprio horizonte de tempo, nos padrões de gastos e nos padrões de receita do investidor.

Podemos resumir os horizontes de tempos em 3 pontos:

  • Pré-aposentadoria: são os anos do desenvolvimento e aplicação do planejamento de investimentos até o momento da aposentadoria.
  • Aposentadoria: são os anos em que o investidor desfrutará dos benefícios conquistados com o planejamento de investimentos.
  • Pós-morte: é o momento onde haverá a disposição/distribuição da riqueza do investidor para os herdeiros e/ou doações.

Deve-se observar quaisquer novas situações, tais como novas despesas ou receitas, que venham a causar uma modificação no horizonte de tempo. Lembrando que prazos mais longos permitem ao investidor assumir maiores riscos no desenvolvimento de sua carteira.

Necessidades de liquidez em um planejamento de investimentos

Restrições de liquidez estão associadas à capacidade que a carteira do investidor tem para atender a necessidades inesperadas que possam surgir, além das necessidades diárias do investidor.

As necessidades de liquidez podem ser representadas como:

  • Gastos normais;
  • Reservas de emergência;
  • Eventos importantes planejados.

Os gastos normais são os relacionados ao custo de vida do investidor. Estes gastos são representados pelas necessidades antecipadas de receita. Somente as coberturas relacionadas aos custos de vida, que vierem da carteira do investidor, devem estar alocadas em ativos com alta liquidez.

Para as chamadas reservas de emergências, existe um número padronizado entre os gestores de recursos, as necessidades de liquidez devem variar entre 3 a 12 meses dos custos de vida do investidor. Podemos justificar está variação pela previsibilidade de entradas de receitas para os diferentes perfis de investidores.

Funcionários públicos contam com uma maior previsibilidade de entrada de receitas quando comparados aos do setor privado, como empresários e profissionais autônomos. Com base neste fato, as reservas vão ser consideradas de forma independente para cada perfil de investidor.

Os eventos importantes planejados estão relacionados aos gastos de médio e longo prazo. Geralmente, são caracterizados por gastos maiores e, com a proximidade destes eventos, há a necessidade de liquidez. Podemos citar como exemplo: reforma da casa, viagens de férias, etc.

Diferentes níveis de liquidez

Algumas características de liquidez de alguns ativos geralmente presentes dentro de uma carteira de investimentos é um outro ponto a se levar em consideração.

Ativos com altos custos de transações, tais como comissões, geralmente são classificados como ativos de pouca liquidez. Já os ativos que contêm alta volatilidade podem, em alguns momentos, não gerarem receitas: por este motivo, não devem ser indicados para situações de necessidade de liquidez. Por sua vez, os ativos ilíquidos, como casas, não devem ser considerados em um planejamento de investimentos, a menos que possam ser utilizados para garantia em um empréstimo.

Para finalizarmos este tópico sobre liquidez ao se desenvolver um planejamento de investimentos, precisamos entender as necessidades de liquidez imediata, ou seja, das despesas que precisam ser satisfeitas imediatamente ou em períodos muito curtos.

Já a liquidez contínua, onde os gastos precisam ser cobertos de forma regular pelo retorno da carteira e liquidez ocasional, é gerada pela liquidez de uma parte da carteira com o objetivo de arcar com grandes quantidades de fluxo de caixa.

Na segunda parte desta série, abordaremos como levar em consideração os aspectos legais e a carga de impostos quando se faz um planejamento de investimentos. Adicione o blog da Althis à sua barra de favoritos e não perca!

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