Análise Fundamentalista: começando o processo de escolha de ativos

Na nossa última publicação, começamos uma série sobre análise fundamentalista. Se você quiser ler em detalhes o que foi abordado, é só clicar aqui.

Em resumo, nós falamos sobre a importância do processo de análise fundamentalista, trabalho em que o analista, basicamente, passa por estudos voltados aos fatores micro e macroeconômicos referentes à empresa analisada. Além disso, ele faz análise do balanço patrimonial e das demonstrações de resultados das empresas.

Uma vez que este modelo de análise é muito utilizado por acionistas, credores e a própria direção da empresa, vale a pena enumerar alguns de seus vários propósitos. Por exemplo: os administradores irão utilizar as informações para monitorar e acompanhar o progresso financeiro da empresa. Por sua vez, os analistas financeiros a utilizam para identificar as melhores ações, tanto para compra quanto para venda.

Dentre os indicadores presentes na análise fundamentalista, estão:

  • Lucro líquido constante e em crescimento;
  • Receita líquida;
  • EBITDA – Lucro operacional;
  • Margem Líquida.

Aprofundando a análise fundamentalista

Desta vez, iremos falar um pouco mais sobre indicadores financeiros, que também estão no balanço patrimonial e nas demonstrações de resultados das empresas. Estes indicadores são um pouco mais complexos. Entretanto, muitos investidores gostam de utilizá-los.

Conforme falamos nos artigos anteriores, as informações referentes às empresas listadas na Bolsa são públicas e atualizadas de forma trimestral pelos departamentos de relações com os investidores das empresas. Vocês conseguem encontra-las no link abaixo:

Empresas Listadas | B3

Acessando este link, os passos para encontrar os dados financeiros das empresas são:

  1. Encontrar o ativo de interesse;
  2. Selecionar o ativo clicando no nome dele;
  3. No canto superior direito, mudar a opção de “sobre a empresa” para “relatório estruturado”.

Al´em disso, neste mesmo link, vocês poderão encontrar várias informações sobre o ativo escolhido.

Com os dados em mãos, vamos para os novos indicadores que vamos apresentar a vocês.

Nossa equipe elabora análises muito próximas destas que você verá neste artigo. Embora, é claro, com um olhar mais detalhista e com uma série de análises mais elaboradas e automatizadas. Porém, o raciocino é o mesmo.

Rentabilidade do ativo total (ROA)

O índice de rentabilidade do ativo total também é conhecido como retorno sobre os ativos totais de uma empresa. Chega-se a ele, em resumo, pela razão entre os lucros líquidos do exercício e o ativo total da empresa. O que estamos fazendo, portanto, é apenas uma comparação, para saber o quanto cada ativo da empresa retorna em lucros, analisado em cada exercício.

Assim, o índice do retorno sobre os ativos totais indica quanto, em reais, a empresa lucrou após a dedução de todas as despesas para cada R$ 1 investido em ativos totais. Só para exemplificar, se, após a obtenção do resultado deste índice, tivermos o valor de R$ 0,05, este nos indica que, para cada R$ 1 referente ao ativo total, a empresa tem um lucro, após as deduções das despesas, de R$ 0,05.

Rentabilidade do patrimônio líquido (ROE)

ROE significa Return on Equity, ou seja, Retorno sobre o Patrimônio Líquido. O ROE serve para comparar a rentabilidade de diferentes empresas e auxiliar na identificação de operações que podem gerar lucro, principalmente no longo prazo. 

O ROE ajuda a entender qual é retorno a partir dos recursos acumulados pela companhia e que serão utilizados para impulsionar sua atividade. Ao dividir o lucro líquido acumulado por uma empresa nos últimos 12 meses pelo valor de seu patrimônio líquido, chegamos ao ROE.

Dessa forma, o retorno sobre o patrimônio líquido indica quantos reais a empresa lucrou após a dedução de todas as despesas para cada real investidos pelas acionistas.

Por exemplo, se, após a obtenção do resultado deste índice, tivermos o valor de R$ 0,18, este nos indica que, para cada R$ 1 investido pelo acionista, a empresa tem um lucro, após as deduções das despesas, de R$ 0,18.

Lucro Por Ação

Em sua definição, o LPA (sigla para Lucro Por Ação) é o lucro líquido da companhia em questão em um determinado período de tempo, dividido pelo total corrente de ações ordinárias e preferenciais.

É um indicador bastante importante para o mercado de capiais, pois, em um primeiro momento, indicará se a empresa é ou não lucrativa.

Logo, o lucro por ação é um índice que representa a parcela do lucro líquido gerado pela empresa pertencente a cada ação que ela tem disponibilizado ao mercado. Este índice vai mostrar o quanto a empresa gerou de lucro líquido para cada ação que ela possui.

Para se chegar neste indicador, basta observar o resultado líquido da empresa ao fechamento de determinado período e dividi-lo pelo número de ações que ela possui.

Como exemplo, imaginemos que uma determinada empresa fechou o ano com um lucro líquido de R$ 12 bilhões e seu capital está dividido em 6 bilhões de ações, distribuídas em ações ordinárias e preferenciais. O lucro por ação desta empresa será, portanto, de R$ 2.

Isso nos informa que, para cada ação que a empresa possui, ela gerou um resultado líquido de R$ 2.

No próximo artigo, mais análise fundamentalista!

Com isso, fechamos mais um episódio da nossa série sobre análise fundamentalista. Falaremos um pouco mais sobre este assunto em breve.

Um grande abraço e até mais.

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